segunda-feira, 17 de setembro de 2012

há sítios muito especiais.. e mesmo que eu teime com a minha teoria que estou velha e bla bla bla.. acabo por perceber que o meu lugar pode e deve continuar a ser ali.

no caminho que fazemos com e para Deus não há coincidências.. não há mesmo.

vale a pena pensar nisto:


Um amigo é uma testemunha

Há um provérbio que diz: “Viver sem amigos é morrer sem testemunhas”.  Os amigos trazem à nossa vida uma espécie de atestação. Os amigos testemunham que somos, que fizemos, que amamos. E fazem-no não com a superficialidade que na maior parte das vezes é a das convenções, mas com a forma comprometida de quem acompanha. 

Não é por acaso que, de cada discípulo, Jesus espera que se tornem testemunhas: “Sereis minhas testemunhas” (Act 1,8). Os discípulos podem ser investidos como testemunhas, porque viveram e vivem uma história de amizade de que se tornam portadores. “‘Mestre, onde moras?’ Ele respondeu-lhes: ‘Vinde e vereis.’ Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele.” (Jo 1, 38-39) “Ficar com”, “permanecer”, “caminhar ao lado” são sinónimos da palavra amizade. E são expressões axiais da vida cristã, quer se trate da vida monástica, quer seja uma existência no meio do mundo.

A amizade não se alimenta de encontros episódicos ou de feitos extraordinários. A amizade é um contínuo. Tem sabor a vida quotidiana, a espaços domésticos, a pão repartido, a horas vulgares, a intimidade, a conversas lentas, a tempo gasto com detalhes, a risos e a lágrimas, a exposição confiada. A amizade tem sabor a hospitalidade e a tempo investido na escuta. A amizade enche a casa de perfume (Jo 12,3). A experiência da Fé não é outra coisa.

É pertinente anotar que, na Igreja apostólica, a legitimidade para anunciar se liga diretamente à condição de testemunha (e nesse sentido também de amigo). São fundamentais as palavras que constituem o preâmbulo da Primeira Carta de João: “O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, - de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós - o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco.” (1 Jo 1, 1-3).

Cada cristão é chamado a ser um amigo incondicional de Jesus. É esse o ensinamento, simples e estremecedor, de Christophe Lebreton e dos seus companheiros.

para os mais curiosos que queiram continuar a ler:
http://www.snpcultura.org/christophe_lebreton_um_testemunho_precioso.html

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