sexta-feira, 28 de agosto de 2009

perdidamente*florbela espanca

sinopse:


"Se conhecemos de sobra os sonetos de amor de Florbela Espanca, pelos de sinuosas gamas transbordantes de fecundas comoções que nos arrebatam, em contrapartida, apenas agora, mercê desta epistolografia, nos é permitido penetrar na privacidade afectiva daquela que os produz. Não por ser esta a sua primeira correspondência amorosa divulgada, coisa que de facto é (…) mas porque, nestas cartas e bilhetes a António Guimarães (aquele que viria a ser o seu segundo marido), Florbela fala (e este é o fundamento!) desde um lugar ignorado, que não aquele do seu diário, dos seus contos ou poemas, mesmo os mais sensivelmente amorosos. Nesta epistologia, Florbela, em estado de amante, escreve a partir da zona de silêncio, indevassável e solitária, que compartilha apenas com o seu cúmplice… e reside, já nisso, o nosso grave pecado de leitores desta correspondência…" Maria Lúcia Dal Farra
é meu! e ninguém tasca!!* ;)

tropeçar


logo pla manhã, tropeçei...


e desse simples tropeção, aos olhares curiosos dos frequentadores habituais daquela praça, fui bem mais longe. pensei que os tropeções às vezes são necessários, uns por fraqueza, outros simplesmente porque caímos.*

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

construir vs descontruir


ando aqui com esta ideia para explanar...


já construí e descontruí a ideia, ou seja, é demasiado fácil construir coisas em nós: ideias, sensações, emoções. e depois é demasiado difícil descontruir. por preguiça, comodidade: é assim já não há nada a fazer. que erro!


hoje acordei com esta ideia tão clara em mim, porque tento descontruir coisas, perceber realmente o que são e também o que não são. não passaram de sonhos que morreram logo ali na praia. não passaram de sonhos.


gosto de pensar nestas coisas e perceber que consigo construir e descontruir coisas em mim.


dou-me conta que reflicto cada vez mais, afincadamente, querendo saber para onde vou. querendo ser responsável.


ser adulto às vezes é tão complexo, porque não descontruímos coisas em nós. preocupamo-nos em construir, construir e depois vem a tempestade e destrói a casa construída sobre a areia...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Repreendo os meus fantasmas
ao virar de cada esquina
por espantarem a inocência
quantas vezes te odiei com medo de te amar...
(...)
Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro combóio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses
Entre o caos e o conflito
a vontade e a desordem
não podemos ver ao longe
e corremos sempre o risco de ir longe demais

a música é do Jorge Palma - o passeio dos prodígios, aprecio a forma fantástica como brinca com as palavras, como canta e toca...
ontem coloquei o cd a tocar e parece que era eu a cantar e não o Jorge. peço-lhe então emprestada um pouco desta letra e reflicto.
corrigo apenas, não quero dar a volta aos deuses, mas sim perceber o que Deus quer e tem para mim.*

terça-feira, 4 de agosto de 2009


acordei a pensar...
depois da tempestade vem a bonança.
que caminho quero trilhar.
o que me move?
o que me destroi?
o que me condiciona?
essencialmente e tão somente, o que não quero?*

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ao sábado apetece-me sempre comprar o jornal e ter tempo para o ler calmamente. este sábado aconteceu isso mesmo. o jornal (o i)continha uma entrevista a Maria Cavaco Silva, Laurinda Alves questionava-a:

como dilui as suas irritações ou como age nos momentos de tensão que existem na vida de casal?
deixamos passar tempo, não vale a pena insistir quando estamos a quente. Acho que foi o Gabriel Garcia Marquez que disse que os homens não gostam de grandes conversas nos momentos de tensão. nós, as mulheres, gostamos mais de ficar a falar e esclarecer mas eles não, preferem falar depois. deixar passar e não atear o fogo é uma estratégia eficaz.

depois de ler, sorri e pensei como é bem verdade!!*