quarta-feira, 19 de novembro de 2008

roberto carlos* as baleias


Não é possivel que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro

Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à furia louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Não é possivel que você suporte a barra

foi uma das primeiras músicas que ouvi hoje... faz-nos pensar.*

inunda-me
tudo se transformará em mim*

segunda-feira, 17 de novembro de 2008


hoje tou com uma verborreia, não consigo parar.
encontro imensas coisas para dizer, comentar, assinalar.

paro e penso em Ti. pq te manifestas ao longo do meu dia e o transformas.

olho para os pequeninos e vejo-Te.

sinto-Te perto.

sinto-me abraçada por Ti.*

oração


“Se a porta do meu coração ficasse fechada para ti,
derruba-a, eu te peço: não te afastes.
Se as cordas do meu coração não vibrassem um cântico para ti,
aguarda, eu te suplico, não te afastes.
E se ao chamamento da tua voz não acordasse para ti,
que a tua dor me desperte: não te afastes.
Se um ídolo erguesse em teu trono de rei,
tem piedade de mim, Senhor: não te afastes”.
rabindranath tagore

um livro


Sinto Muito
Confissões de um médico
de Nuno Lobo Antunes
Verso da Kapa


É um livro de confissões/memórias de um neuro oncologista pediátrico e hoje neurologista sobre doenças de deficit de atenção. Uma reflexão sentida sobre aquilo porque muitas pessoas têm que passar ao longo da vida ou já no fim dela.Sinto Muito é sobre o sofrimento em geral, sobre a dor, seguida de perda, seguida de dor. Entristece o coração, mas recompensa-o grandemente, tornando-o mais leve e melhor.Nuno Lobo Antunes pretende, com bom propósito e bons resultados, deixar que o seu coração se pronuncie, que se liberte a sua voz, que seja conhecida a sua humanidade. E, na verdade, a alma fala.


quero ler este livro.*

eu e a diferença... eu e o outro


diferença
do Lat. differentias. f.,
qualidade de diferente;
dissemelhança;
desigualdade;


a definição continuava no dicionário... mas é esta parte que me interessava para explicar... hoje fui confrontada com:


"Se ele vem para o pé de mim, eu vou-me embora."


tudo porque o senhor é diferente, é desigual... há lares que separam as pessoas por zonas, por exemplo: um espaço só com doentes de alzeihmer, outros para os que tiveram avc e assim sucessivamente. não sou apologista desta divisão, mas sim da interacção. Ou seja, os que estão mais autónomos podem "olhar" plos outros. afinal todos temos algo para dar.


e fico triste sempre que alguém não está aberto ao outro que chega recheado de novidades.*

domingo, 16 de novembro de 2008

retiro
s. m.,
lugar solitário;
sítio ermo;
refúgio;
recolhimento temporário;
afastamento para lugar calmo para meditar, rezar e descansar.


fim de semana com direito a retiro do grupo de jovens.


voltei a um espaço que conhecia bem: a quinta de s joão, um lugar calmo.


o retiro foi orientado por um sacerdote da Associação Mater Dei Pequenos Filhos da Mãe de Deus. chamou-nos a atenção, para nos determos nos pequeninos, sermos conhecedores da sua história e perceber que a nossa história pode ser semelhante.


vimos o filme Marcelino Pão e Vinho que espelha a humildade e simplicidade de coração que devemos ser portadores. não me sai da cabeça o diálogo:

- quem eu sou?

- és Deus!

terminámos querendo dar resposta à pergunta:


e vós quem dizeis que Eu sou?*